Horizontes Gerais
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A História até agora...

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Mensagem por Convidado Qui Mar 21, 2019 8:45 pm

A História até agora... 7b571310
No início do século XX, O Brasil vivia em caos. No mundo mortal, São Paulo e Minas Gerais alternavam na Presidência da República, política conhecida com Café com Leite, estabelecendo a “ordem” que dominava na República Velha. O Sabá controlava a maior parte do país e os dois estados que controlavam a política nacional eram também onde estavam os grandes poderes que controlavam a seita. A Camarilla tinha uma presença frágil no país: no Rio de Janeiro haviam conseguido uma “trégua” com o Sabá; em Belém do Pará, a Paris n’América, resistiam graças ao poder econômico dos comerciantes de borracha que davam suporte aos anciões da região; no Mato Grosso do Sul, Membros da Camarilla que não conseguiram seu espaço em outros estados, especialmente Minas Gerais, estavam se organizando e consolidando um domínio ainda instável em Campo Grande; e nos estados do sul, que muitos não viam como sendo parte da mesma nação, a Camarilla resistia às pressões do Sabá, enquanto tentava consolidar seu domínio sobre a região.

Apesar de alguns focos de poder da Camarilla, a maior parte do Brasil ainda era incontestavelmente domínio do Sabá, mas isso começou a mudar no final da década de 1920. A crise de 1929, quebrou os comerciantes de borracha e Belém foi abandonada pela Família, caindo na barbarie sob o domínio de feiticeiros e lincantropos - hoje ninguém mais se lembra da Paris n’América. Os estados do sul conseguiram suficiente influência no poder político dos Mortais para quebrar a política do Café com Leite, elegendo um presidente gaúcho: Getúlio Vargas. A crise econômica e o fim do Café com Leite, criaram uma instabilidade em Minas Gerais, aquecendo questões internas do Sabá mineiro e o enfraquecendo, dando espaço para que, com o apoio dos Membros sul-matogrossenses, uma incursão da Camarilla chefiada pelo Toreador Estéban de Vigo pudesse tomar Belo Horizonte, a capital mineira, e espalhar a influência e domínio da Camarilla pelo restante do estado. E o Rio continuava em “trégua”...

A tomada de Belo Horizonte foi uma demonstração clara do poder e eficiência da Camarilla. Desde que Belo Horizonte foi escolhida para se tornar a capital mineira no final do século XIX, Estéban viu uma oportunidade para agir e começou um plano cuidadoso para tomar a região. Para Influenciar a sociedade mortal em Belo Horizonte, Estéban infiltrou agentes seus e de seus associados entre os mortais que foram construir e habitar a nova capital mineira. Antes que o Sabá pudesse controlar a cidade, a Camarilla já tinha sua base de influência estabelecida lá. Aos poucos e de forma bem sutil, ele foi controlando a sociedade mortal belorizontina. Seus agentes nunca eram pessoas de destaque, mas pessoas que agiam sob as sombras próximo àqueles que tinham grande poder e influência na cidade. Entendendo o funcionamento da sociedade mortal de uma maneira que o Sabá nunca foi capaz, seu poder crescia de forma despercebida pela seita. Em 1930, quando Vargas deu seu golpe de estado e assumiu a presidência do Brasil, todo o cenário já estava montado para a tomada da cidade.

A tomada de Belo Horizonte foi rápida. Em menos de um ano, não restava nenhum vestígio do Sabá na cidade. Os ataques foram feitos com precisão cirúrgica. Tendo influencia em partes importantes da infraestrutura da cidade e usando os mortais de forma eficaz, a maior parte da seita foi apagada de forma silenciosa da cidade. A única exceção foi por causa da resistência inesperada de um Brujah antitribo e um Ventrue antitribo, que se uniram aos militares na sede do 12º Batalhão de Infantaria no Barro Preto para resistir aos revoltosos da "Aliança Nacional” e fazer cumprir a Constituição Federal. Foram seis dias de conflito no início de outubro de 1930, resultando em aproximadamente 50 mortos, incluindo os dois antitribo.
A rapidez, eficiência e precisão na tomada de Belo Horizonte, que não deixou espaço para reação do Sabá, deu fôlego para outras ações da Camarilla no Brasil, cimentando a estrutura de poder que vigora até hoje no país. Estéban e seus aliados se tornaram uma referência em termos de ações estratégicas contra o Sabá no país e foram muito importantes para ajudar a fortalecer a Camarilla em Campo Grande e nos estados do Sul, onde hoje a seita governa incontestável. Porém, toda rapidez e eficiência da ação não se deve apenas ao planejamento competente e cuidadoso de Estéban e seus aliados, a sorte também lhes sorriu.

Na sua ânsia por poder para derrotar “os anciões”, o Sabá mineiro acabou se envolvendo com coisas que não devia, pagando um preço enorme por isso. Em primeiro lugar, sua força diminuiu, pois muitos dos seus perderam a não-vida como consequência de seus atos impensados. Segundo, ao apurar o ocorrido, provavelmente mais coisas foram descobertas, pois um conflito interno entre facções da seita os manteve distraídos e despreparados para reagir à ação da Camarilla. Terceiro, as ações do Sabá chamaram atenção da antitribo Lasombra, que resolveu apoiar Estéban com todos os seus recursos. E por último, mas não menos importante, a imprudência do Sabá fez com que o mais poderoso ancião da região, que até então se absteve de interferir com os assuntos da Família, tomasse partido da Camarilla e resolvesse ajudá-la. Isso tudo, junto de um caos econômico ocasionado por uma crise mundial (Quebra da Bolsa de 29) e de um golpe de estado que mudou totalmente o cenário político nacional (início da Era Vargas), criaram o cenário perfeito para que tudo que havia sido planejado de forma paciente e meticulosa pelas últimas três décadas fosse posto em ação, assegurando a ascensão da Camarilla ao poder em Minas Gerais.

Após tomar a cidade, Estéban assumiu como o primeiro Príncipe de Belo Horizonte e escolheu como seu Senescal o Malkaviano Jean Pierre, um dos seus maiores aliados na tomada de Belo Horizonte. Nos 60 anos que se seguiram, Estéban se mostrou um Príncipe forte e influente. Belo Horizonte cresceu e prosperou e sua influência se estendia pela Camarilla em todo o país. Seu poder sobre o mundo mortal se mostrou um grande diferencial para a seita: mesmo que o Sabá dominasse a maior parte do território do país, Estéban exercia influencia política em nível nacional e conseguia equilibrar a balança para Camarilla em muitas ocasiões. No final da década de 1980, Estéban percebeu que o poder da Camarilla sobre a política mortal nacional já estava bem consolidado: a Constituinte consolidou as mesmas facções no poder com ares democráticos. Foi então que ele julgou que poderia fazer uma pausa no seu trabalho e se recolher para descansar por algumas décadas. No seu lugar como Príncipe de Belo Horizonte, ele deixou seu Senescal: Jean Pierre.

Jean Pierre (eu) assumiu o Principado de Belo Horizonte no Natal de 1989. Com a vitória de Fernando Collor para presidente do Brasil, Estéban percebeu que o poder da Camarilla já estava bem alicerçado no país e deixou seu Senescal assumir o poder enquanto ele descansava. O Principado de Jean sofreu um momento inicial difícil: havia muita resistência quanto a deixar um Malkaviano controlar uma cidade com a importância de Belo Horizonte, mesmo que ninguém ousasse questionar a vontade de Estéban. Porém, quando este se retirou, aqueles que se opunham a essa ideia começaram a mostrar suas garras. A Primigênie de Belo Horizonte estava dividida: Brujah, Toreador e Malkavianos apoiavam Jean e Tremere, Ventrue e Nosferatu se opunham, enquanto os Gangrel se mantinham numa posição de neutralidade. Em uma reunião histórica em agosto de 1990, Afonso Ramos, o então Primogêno Ventrue, e Cristiano Baccha, o então Primógeno Toreador, discutiram acaloradamente quanto aos rumos que a cidade deveria tomar. Nessa hora, Carolina, a Primógeno Brujah, tomou partido de Cristiano e, mesmo estando dentro do Elísio, separou a cabeça do corpo de Afonso com suas garras e saiu do local antes que pudesse ser impedida. Uma Caçada de Sangue foi iniciada por Jean Pierre para punir a infratora, que foi encontrada dois dias depois por Alexandre, o Xerife da época, com o auxílio de Pedro, o Primógeno Gangrel. Carolina não estava sozinha, ela tinha apoio de dois Tzimisce e um Ventrue antitribo, o que provava sua associação com o Sabá. Pedro retornou como único sobrevivente do encontro, as marcas no seu corpo deixavam claro que por pouco ele não partilhou do destino dos outros, trazendo provas da associação de Carolina com a seita rival e a notícia da morte do seu amigo Alexandre e de seus subordinados. Poucos dias depois, Pedro resolveu que já havia ficado por tempo demais em Belo Horizonte e partiu para “viajar por outros cantos do Brasil”.

Em poucos dias, Belo Horizonte havia perdido quatro dos seus principais membros. A cidade tentou se reestruturar e escolher novos Primogênitos e Xerife, mas antes que isso acontecesse, novos problemas se apresentaram. Na primeira semana de setembro, Helena Batros, a Primogêno Malkaviano, teve um surto em meio ao Elísio: ela disse ter visões de um jogo sinistro que envolvia todos os membros da cidade e que levaria todos na cidade a um destino cruel e inevitável, um sofrimento que nenhum deles conseguiriam imaginar. Na alvorada desse dia, ela resolveu ver o sol por uma última vez no topo do hotel Othon Palace. Sua morte desestabilizou todos do seu clã por alguns dias, inclusive o Príncipe Jean Pierre, o que deu a oportunidade perfeita para sua oposição agir. Nicolas, Primogéno Tremere, aliado a Bráulio, Primógeno Nosferatu, tentaram um golpe para tomar o poder. Os dois só não tiveram sucesso porque Cristiano interviu e conseguiu manter o controle da cidade longe da mão dos dois membros. Quando Jean se restabeleceu da morte de Helena e retomou seu posto, a tensão entre ele e Bráulio era evidente. Foi numa noite quente de outubro que Bráulio disse que não viveria mais numa cidade comandada por um louco, entrou numa galaria de esgotos e nunca mais foi visto. Em janeiro de 1991, Nicolas sumiu sem dar notícias a ninguém e foi substituído na Regência da Capela de Belo Horizonte por Sebastian. O clã se manifestou dizendo que a situação de Nicolas estava sob controle e que não havia motivos para que a Família se preocupasse. Sebastian não assumiu como Primógeno e não indicou ninguém do seu clã para a posição até desaparecer em 2018, mas sempre foi um grande aliado de Jean Pierre.

Durante a década de 1990, a cidade de Belo Horizonte foi constantemente alvo de ataques Sabá: acreditando que a saída de Estéban havia enfraquecido a cidade, muitas investidas foram feitas. Apesar de todas as investidas do Sabá para tomar Belo Horizonte terem fracassado, não foram sem perdas para a Camarilla da cidade. Na primeira metade da década de 1990, o Sabá conseguiu sucesso parcial em suas investidas: alvos importantes foram eliminados, incluindo o Primógeno Toreador Cristiano e aqueles que substituíram os Primógenos dos Grangrel, Ventrue, Malkavianos, Brujah e Nosferatu, bem como os três Xerifes que sucederam Alexandre. À partir da segunda metade da década de 1990, Jean Pierre não nomeou mais Xerifes e os membros de BH começaram a temer estar numa posição de prestígio na Camarilla da cidade e ninguém mais requisitou posições ou cargos na cidade. O boato de que existiria uma “maldição da Primigênie” na cidade começou a se espalhar e Jean Pierre tomou para si todo o fardo de proteger e controlar a cidade de Belo Horizonte sozinho. Na segunda metade da década de 1990, os ataques do Sabá começaram a ser impedidos antes mesmo que qualquer ação pudesse ser tomada pela seita na cidade e as baixas passaram a ser apenas da seita invasora. Com a virada do milênio, os ataques foram se tornando cada vez mais raros e os membros de Belo Horizonte puderam desfrutar de paz e segurança a ponto da cidade ser considerada o local mais seguro para a Camarilla na América Latina.

Após duas décadas de estabilidade e segurança, Jean Pierre achou que estava na hora de expandir toda a prosperidade que se tinha em Belo Horizonte para o restante de Minas Gerais, ganhando terreno para a Camarilla no estado. Para isso, em abril de 2018, Jean convocou a Família de Belo Horizonte para uma reunião na qual propôs uma reestruturação da Camarilla em BH, descentralizando o poder da sua mão para que ele pudesse começar os esforços para expandir a influência da Camarilla em Minas sem ter que se preocupar com a segurança de sua cidade. Assim, ele começou a avaliar os Membros da cidade para ocupar os cargos há décaddas vazios no seu Principado.

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